Bebemos o café com creme
na leitaria.
Falaste sem alegria, em
qualquer coisa sem importancia.
Batias distraidamente
com os dedos no vidro frio da mesa.
Vi-te partir, amigo
cabisbaixo,
carregando o peso do mundo,
o peso do nada.
Mais tarde, no jardim da matriz,
pisaste os narcisos para afagar a
cabeça de um cão vadio.
DoraM
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