Donzelas, beatas,
Arfaram, gaiatas,
Ao verem passar,
De queixo espetado
Um marmanjo emproado.
Serraram fileira,
Os seios velados,
Trémulos e suados,
Debruçados
No peitoral da janela.
Ai...ui...oiii....
Murmuraram em coro
Suspiros certeiros,
Olhares derradeiros,
Pestanas de oiro.
Mas o mancebo,
Com um sorriso matreiro
Prosseguiu, sem parar.
Deixara, à pressa,
Um amor brejeiro.
Saia arregaçada
De mulher casada.
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