Mas às vezes,
Mais valia não tê-las
Que tê-las e receber
Este sabor amargo
Este nada,
De quem brinca com as palavras
Levianamente.
Hoje senti esse sabor.
E lamentei não ter recorrido
Ao silêncio.
Ah, a sapiência de reconhecer
Que as palavras só são válidas
E permissíveis,
Quando não descobrem farpas!
Ou vazios.
Fosse eu um pássaro e voaria
Para o ramo onde estava,
Antes destas conversas
Que descobrem
A ausência
Do que só pode ser
O tempero indispensável.
Dora M
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